sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Ausência garantida

Primeiramente desculpe a ausência de post na semana passada (probleminhas b´sicos de conexão)
Eu sei... é muito triste o fato de que não estarei aqui nas próximas semanas (na verdade, creio que isso não faz diferença, e que apenas estou me justificando para aqueles que ja estão avisados)
anyeay, fim de ano, vestibulares alok, eu ficando louca essas coisas.
So....
Cya Baby!

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Distorted eyes, when everything is clearly dying


Engraçado que da Austrália saem as bandas mais inusitadas. Jet, ACDC, Nick Cave, Man at Work, e não deixando de fora a estranha, porém, agradável Silverchair.
Se você ouve Nirvana e acha que o Kurt era doente, então você não ouviu Frogstomp e Freak Show, os primeiros álbuns do Silverchair. Daniel Johns, na época posterior ao Freak Show (cujo nome é bem peculiar) começou a apresentar sinais de uma possivel depressão, e assim que saiu o Neon Ballroom, você percebe que alguma coisa está muito errada. Mesmo sendo uma banda de pós-punk com influências do nosso amigo perturbado Kurt Cobain e Pearl Jam, o Neon é um álbum excepcionalmente depressivo, e completamente diferente dos outros trabalhos do grupo. Primeiro porque, como seeeeeeempre, a banda era aquele estilo garagem feelings, e existiam uma pá de álbuns que ninguém nem ouviu falar, então acho que quando o Daniel saiu do covil dele com um álbum de baixo do braço e a sua cara de menino aidético, Silverchair conseguiu a atenção desejada, valento até música tocando em Malhação, que maravilha.
E outra, o próprio Daniel disse que não gosta dos álbuns anteriores e que quando gravou o Frogstomp ele tinha 14 anos né, me ajuda! Até eu ouvindo pensei "olha, gracinha de banda." o estilinho adolescente deles mudou completamente, e finalmente, eles amadureceram e criaram o Silverchair que a gente tanto ama. (ou seja, não perca seu tempo ouvindo as músicas anteriores à 1999, não vale o espaço do seu HD.)

Quando o cadeira de prata subia nos palcos, quem era fã ficava desapontado, mas quem se interessou, foi prontamente. O problema era que o delícia do Johns tava ficando cada vez mais magro, então cantar Ana's Song (open fire ), por exemplo, deixava o show com cara de funeral.
 Anthem For The Year 2000 foi A música que fez com que a banda explodisse. Na minha concepção, é um tipo de música com uma letra revolucionária, mas que não tinha nenhum objetivo do gênero. Por mais que o Neon fosse um estilo "álbum pessoal", como um diário deprê e com mais sentimento que uma novela das 8, a única coisa que deixa a música FODA é a voz rouca do Johns, com os arranjos moderninhos que eles fizeram na música. (mas não é descartável, na verdade, como eu sempre digo, ninguém liga para a letra, então foda-se.)

 

Miss You Love... Bom, eu tenho certeza que todo mundo já ouviu. E eu admito que eu odeio esse tipo de música mela cueca que só ouve quem não sabe o que tá cantando, mas Miss You Love é uma exceção. É Importante ressaltar que o Daniel tava numa fase de tristeza total, então, se o cd ficou comercial, não acho que ele tenha usado a tristeza dele em função disso. Mas a música é linda, é triste, é emo, e você não pode ouvi-la se estiver no "fundo do poço".
Dearest Helpless e  Emotion Sickness entram no mesmo grupo. A letra é claramente feita por um adolescente da década de 90 em:
                                                 " Equalise the pressure it's all too much.
                                                   Sex, drugs and image is just enough...
                                                   to get you by in the real world."

O baixo de Steam Will Rise não é lá aquelas coisas, mas eu não sei porque, eu acho ele uó! É o tipo de música que se você tá no show, e começa a tocar esse baixo do Joannou (produtor musical fodão.) você começa a pular e pirar do tipo "NOOOOSSA É STEAM WILL RISE" mesmo que essa música não seja "pulável".

Spawn Again é uma canção FODA. Essa sim é pulável. A letra é foda, a voz dele tá muito foda. Ele colocou todo o ódio pós-punk nessa música e o resultado foi a linha de baixo e guitarra que complementam e deixam tudo muito mais legal, principalmente depois de berrar igual um asno e você ouvir ele recuperar o fôlego.   (preciso lembrar de por essa música no meu celular.)
                                         "Death becomes clearer through bloodshot eyes"


Num apanhado geral, o Neon Ballroom foi meio que um remédio pro Daniel sair da fossa, e logo em seguida, a banda lançou mais dois álbuns de estúdio (Diorama de 2002 e o Young Modern, de 2006) e mais um apanhado geral de gravações ao vivo, incluindo o show deles no Rock in Rio (in Rio mesmo.), e planeja um outro 'disco' para esse ano ou ano que vem, intitulado Machina Collecta. A crítica tem o costume de cair com pau em tudo que é muito diferente, então, como sempre, deixo no ar o que quiserem pensar do "testamento" do Johns, de 1999. Da mesma maneira, encarei as músicas seguintes com a mesma visão crítica e achei de excelente qualidade, apesar de sua fama não ser tão grande aqui nesse país tropical (e lá se vai meu nacionalismo.)


(Diorama - 2002)

sábado, 13 de novembro de 2010

Good Morniiiing Starshine!!

Considere-se sujeito a spoiler



Desculpem-me (nem sei pra que pedir desculpas, afinal, ninguém liga pra essa merda mesmo) a pobreza do post, eu realmente não estou em um dos meus melhores dias. Como eu queria viver na base do Peace and Love dos anos 60/70, aquelas pessoas eram felizes (ou não, mas Who cares, elas tinham o melhor do rock).

Sabe, aqueles dias em que se tem preguiça de tudo, se sente um pontinho inútil no meio do vasto universo, você pode arrumar o tema mais empolgante para discursar sobre, que não faz a mínima diferença, por dentro você sabe que seu artigo vai ficar um lixo (eu sei, isso não é terapia)

Bom, anyway, compromisso é compromisso, e um post deve ser feito, so... mãos a obra, (fazer tópicos sem empolgação não é a mesma coisa) (sinto que troveja La fora, enquanto me isolo no meu mundinho musical)

Protelando se vai looooge

Dessa vez, resolvi fazer algo novo (óóóó!!!), hoje postarei sobre um musical \O/ e quem me conhece já deve ter sacado de qual falarei ^^

Oh say can you see
My eyes? If you can,
Then my hair's too short!

(uma das partes mais divertidas de todo o filme)

Se você se considera uma pessoa sentimentaloide, daquelas bem comuns que adoram assistir filmezinho mamão com açúcar e roteiros lugar comum, para chorarem bastante e se sentirem emocionadas quando tudo da certo no final, mesmo o herói tendo passado por todas as dificuldades, (não é bem isso o filme)

O Filme (adaptação de um musical da Broadway, um dos meus preferidos, confesso que só assisti 8 vezes, e que se me chamarem, sou capaz de ver mais algumas) se passa nos anos 60, conta a triste historinha de um grupo de hippies paz e amor que viviam felizes e saltitantes com seus doces e marijuanas, enquanto a guerra do Vietnã matava milhões.

O nosso segundo personagem feliz (ou não) é um caipira iludido que resolve se alistar, mas acaba fazendo uma acidade que “fode” com a vida do outro carinha La (eu sei.... Berger não é um “outro carinha” é “O cara” (e que cara!)) quando se apaixona por uma dondoca.

Entre umas e outras, invadem festa de gran finos e canta-se sobre a mesa (o que é bem divertido, a música é contagiante, me deu vontade de subir na mesa, quebrar pratos e cantar também), e os militares gays então, são um arraso com os passinho sob a mesa, também tem a parte das branquelas se babando por negões e das negras se babando pelos “leites azedos”, e também não poderia faltar a parte dorgas, afinal, são hippies e não se pode deixar de nota o protesto contra as mortes causadas pelas guerras.

A parte triste é chegar no finzinho e começar a perceber que o “outro carinha La” vai morrer,(justo quando ele resolve cortar as madeixas e passa a seduzir galões)

E a parte mais triste ainda, é que vai ter uma adptação do musical no Brasil, e um não vou, porque moro em um fim de mundo \O/ (grande merda)

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

i'm on it, get on it!

A escolha do álbum foi árdua, devo dizer, sendo esta uma banda de grande apreço e que, nas raras exceções, descarto algum single, e não um álbum inteiro. Primeiro por que são ingleses, né, e vocês sabem o tanto que o rock inglês têm crescido dentro do mundo musical, segundo porque o nome da banda vem de um fucking serial killer! Já adivinhou?


The West Rider Pauper Lunatic Asylum (2009)


(eu AMO essa capa.)




Eu escolhi o álbum mais atual exatamente por pensar que ele seria mais conhecido, mas me enganei. Eles começaram a carreira em 1999 com o nome nada sonoro de Saracuse. Na época eles ainda eram estudantes, e depois de gravar o primeiro demo e fazer uma pequena apresentação sob esse título, impressionaram-se com o escândalo de Charles Manson e sua fiel seguidora Linda Kasabian. O baterista Chris Edwards achou o nome da moça muito legal, e foi assim a história de amor deles com o então título da banda.  (Kasabian também significa "butcher" lá na Armênia, rs. Não sabe o que é butcher joga no google e sinta o espírito serial killer dos caras)


Em 2004 saiu seu álbum de estréia, o Kasabian e logo eles já estavam se apresentando no festival Glastonbury. Os singles de mais sucesso foram Reason is Treason ( Gran Turismo 4 e  Shaun White Snowboarding) , Process Beats, e Club Foot que foi gravada no começo do grupo, mas acabou se tornando hino para tudo quanto é coisa.  Bom exemplo é sua freqüente aparição em jogos de video game como  Tony Hawk's Project 8, Pro Evolution Soccer 5 e WRC: Rally Evolved além de filmes como Green Streets Hooligans: Stand your Ground (elijah wood), The Guardian (Kevin Costner e Ashton Kutcher) e Goal!.Lost Souls Forever (L.S.F.), uma das músicas mais famosas e provavelmente que mais gruda também tem seus quinze minutos de fama em Fifa 2004. Depois desse histórico de músicas espalhadas por aí, e o contingente de pessoas que baixaram estes singles por causa dos jogos (eis o meu exemplo com TN: Project 8) a banda se tornou, se não internacionalmente, conhecidíssima e seu estilo de rock alternativo, psicodélico, eletrônico e outter space fez o grupo se consagrar no espaço musical.
Em 2006, Christopher Karloff, um dos maiores letristas do grupo e que colaborou com três canções do então álbum Empire abandonou o grupo e isso pode ser ligado, não diretamente, às músicas não tão consagradas como Seek and Destroy e Apnoea. O que salva mesmo é o vocal de Miegham. Mesmo assim, eles venceram o Best Live Act award do NME Awards. 
Em 2007 eles gravaram um EP com músicas pertencentes ao futuro álbum de estúdio The West Rider Pauper Lunatic Asylum e o lançamento dele em 2009 colocou a banda, finalmente, entre as melhores, rendendo uma quantidade estrondosa de prêmios e afins.
Fast Fuse, música lançada no EP de 2007, e trouxe a banda de volta ao topo com sua letra "levemente" sociopata quando diz " I’m like Lucifer’s child, wild, acid done". O ritmo repetitivo das guitarras, linhas de baixo e bateria, diferente de muitas, fazem a música soar mais agradável, só mudando durante os refrões e riff inicial.
Underdog é uma música claramente auto depreciativa, mas como a letra não costuma ser notada, você só lembra que o refrão e o solo de 


                                                 "Kill me if you dare
                                                 Hold my head up everywhere
                                                 Keep myself right on this train



são muito bons, e suas baquetas invisíveis são suas melhores amigas enquanto você viaja ouvindo. (só não vale comparar com Pink Floyd, não sabe brincar, não desce do play).



Ladies and Gentleman e Happiness (que é linda, linda, linda!) se enquadram na parte do álbum que só tem música gay, mas que sempre são as coisas mais fofas pra ouvir quando você tá de saco cheio da lavagem cerebral que Fire faz, e sua semelhança com o álbum Empire. 
Thick as Thieves e West Rider Silver Bullet são as minhas favoritas do álbum. Thick as Thieves, primeiro, o nome que é muito legal e segundo, o estilo que foge um pouco das faixas até então apresentadas, e os back vocals são mais presentes, quer dizer, não são tanto, mas eu tenho a impressão que são... é talvez sejam.
West Rider/Silver Bullet me lembrou Civil War, do Guns n Roses. Não que sejam parecidas, por que não são. Mas é que se você notar, no começo da música tem a voz de uma mulher dizendo algo como 
                 "Then I went down into the basement, 
                   Where my friend, the maniac, busies himself with his electronic graffiti,
                   Finally his language touches me,
                   Because he talks to that part of us which insists on drawing profiles on prison walls, 
                   In that moment, poetry will be made by everyone, 
                   And there will be emu's in the zone
. "


que é parte do filme Sans Soleil (1963) do direitor francês Chris Marker, e Civil War que apresenta um trecho do famoso Cool Hand Luke; no filme a fala é apresentada em formas variadas, mas não estamos aqui para falar de Guns. 
Onde eu quero chegar é que eu acho que esses quotes deixam a música com o toque mais interessante, mais dramático, sei lá.
Ora, a banda já possui o projeto para o quarto álbum de estúdio, ainda desconhecido, e enquanto é esperado , deixo vocês com a música Secret Alphabets enquanto vocês decidem se Kasabian é ou não a melhor banda inglesa de rock alternativo atual. (insira a minha opinião aqui).





quinta-feira, 11 de novembro de 2010

INDIE EXPLOSION
-Parte 1




Adivinha quem chegou pra fazer os domingos de vocês mais felizes? =D
eu sei que hoje não é Domingo, mas eu escrevi o post e como eu não sei se vou estar vivo até Domingo, aí vai.
(mas domingo eu posto mais, aeae)


Ah, a Escócia...


Por trás de toda a sensualidade e requinte de todas as coisas viventes na Escócia, está escondida uma enorme gama de música boa, e com certeza não estamos falando dos ruivos bigodudos de saia xadrez que tocam gaita de fole. rs. Hoje, pupilos, falaremos sobre a banda "The Fratellis".



Os fofinhos do estilo Indie Rock vieram de Glasglow, e o nome da banda (que todos os integrantes passaram a usar como pesudônimo) é o sobrenome do baixista Barry (eu sei que isso é irrelevante, mas adoro curiosidades inúteis). Até hoje, o trio lançou dois álbuns de estúdio: Costello Music, em Setembro de 2006 e Here We Stand, de Junho de 2008, sendo que o primeiro é muito mais simpático. Mas vamos por partes.

Costello Music


É um álbum fuckin' foda, e quem gosta do estilo indie alternativozinho certamente não vai se decepcionar com nenhuma das músicas, algumas animadas pra caralho e outras simplesmente lindas <3>"Henrietta", "Chelsea Dagger", "Baby Fratelli", "Ole Black 'N' Blue Eyes" e "Vince The Loveable Stoner" são minhas músicas favoritas, e algumas delas tem clipes. É só clicar nos nomes que têm link e assistir, apesar de eu não achar que eles tenham nada de especial, só o Chelsea Dagger, porque o Jon tá parecendo com o Mad Hatter. e_e






Incrível como tudo pode parecer com o Mad Hatter. q

Tracklist:

1.Henrietta
2. Flathead

3. Cuntry Boys And City Girls

4. Whistle For The Choir

5. Chelsea Dagger

6. For The Girl
7. Doginabag
8
. Creepin' up the Backstairs

9. Vince the Loveable Stoner
10. Everybody Knows your Cried Last Night

11. Baby Fratelli
12. Got Ma Nuts From a Hippy

13. Ole Black 'n' Blue Eyes

E adivinhem, no meio do post eu resolvi não falar do outro álbum, porque ele é chato. /o/

J'aime la France

Já que não podemos ir para França, podemos fingir estar lá.


Amélie-Les-Crayons - Ta Petite Flamme



Juliette Gréco - Tout Doucement ( Quando encontrar algum video coloco aqui )

Jeanne Cherhal - Ma vie en l'air



Coralie Clement - La Mer Opale



Carla Bruni - L´amour



Les Blaireaux - Les Ch'troumpfs ( Quando encontrar algum video coloco aqui ) -_-

Louise Attaque - La plume



Olivia Ruiz - De l'air



No One Is Innocent - La Peur



Noir Désir - Des armes

sábado, 6 de novembro de 2010

É... sexta feira de noite, eu deveria estar me preparando para dormir, visto que amanhã tem ENEM e toda essa chatice hipócrita que o Brasil insiste em admitir (eu sei, ninguém ta aqui pra discutira a degradação da política). QI zerado e quase dormindo (o Álbum do dia coopera bastante para que isso aconteça) não me culpem pelo possível mau humor ou afins.

Insônia?! (não dormir é tão lindo *-*)
Os seus problemas acabaram (não, não é nenhum produto tabajara) escutem Nico e durmam feito anjinhos (momento tosco)



Olha que lindo, semana passada decidi ser uma pessoa presente, a começar pelo post sobre o Reed, e meu segundo post... nada mais nada menos que Nico!!! \O/ (grande merda), talvez faça um sobre o Velvet, e depois sobre o Cale, sei La...(olha, já é sábado, ENEM com chuva!!, um espetáculo.(gastar dois dias para se fazer um post, foda isso))

Bom, queira ou não, é incrível a capacidade dela em me por para dormir, com aquela voz lúgubre; (que esses dias perdeu para a cafeína *-*) e para gerar tamanha sonolência, contou com a ajuda de Bob Dylan com I'll Keep it With Mine e The Fairest of the Seasons, These Days , Somewhere There's a Feather, escritas por Jackson Browne , que também cooperou como guitarrista na produção do álbum .

Wrap Your Troubles in Dreams, uma das primeiras músicas do Velvet, foi um presentinho de Reed, que também atuou como guitarrista, Cale contribuiu com Winter Song, violão, órgão e guitarras, e os três fizeram It Was a Pleasure Then, a única música da qual Nico teve sua participação como compositora; Reed e Cale escreveram Little Sister.

Chelsea Girl, a música que dá titulo ao álbum (escolhido em homenagem a Andy Warhol), foi feita pelos ex-coleguinhas de Vevlet (que meigo). Em protesto à pequena surpresinha que teve ao escutar pela primeira vez, seu álbum, carregado de flautas e cordas, ela chegou a dizer:

I still cannot listen to it, because everything I wanted for that record, they took it away. I asked for drums, they said no. I asked for more guitars, they said no. And I asked for simplicity, and they covered it in flutes! [...] They added strings and – I didn't like them, but I could live with them. But the flute! The first time I heard the album, I cried and it was all because of the flute.

Enfim, (post dessa vez ta menos sem graça, eu sei, acho que me faltam comentários, mas a culpa não é minha se Nico da sono e Reed me empolga ^^) Nico não escreve só canta, mesmo estando contrariada com o resultado final.

Palavrinha da semana:quiescente- que descansa, que da sossego (escolha foi random, mas veio a calhar ^^)

(só para constar, eustou deveras contrariada com a pobreza e tosquice do meu post)

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Kings of Something or Other

Depois de muito sofrer com datas e afins, resolvi regular meus horários e aparecer nessa joça toda sexta-feira, então, é.


(porque parecer o Robert Plant é o que rola)

Aha Shake Heartbreak (2004-2005)
A família Followill chegou ao mundo em 2002 com seu single Holy Roller Novocaine e logo atraiu a atenção das gravadoras inglesas. (Vale lembrar que eles são norte americanos). Os garotos são de Tennesse, mas tem um sotaque texano que dava às músicas um toque divertido, não se assemelhava ao folk, mas algum estilo country devido suas origens (e por isso eles tem um estilo de Southern Rock).
O primeiro álbum foi o Youth and Young Manhood, que os levou ao topo com os singles Molly's Chambers, Morning Light e Happy Alone. O engraçado da trajetória da banda é que, na maioria dos casos, a banda começa ruim e vai melhorando, como em uma escada. MAS o KOL é diferente. O primeiro álbum é destruidor, eles tem (ainda) o estilo Southern, meio rock de garagem, bem trash e que você quase não ouve a voz do Caleb e/ou entende o que ele diz. O problema foi que a banda foi nessa escala onde, com a fama, eles acomodam sabe? Nos últimos álbuns parecia que eles gravavam qualquer coisa, como um contrato com a gravadora onde eles deveriam lançar um álbum em tal data. Bom exemplo disso são os shows atuais deles, onde sobem no palco e tocam sem a menor desenvoltura, show do kraftwerk tem mais animação.
Mas voltemos ao Aha Shake que foi lançado na época que você ouvia kings of leon sem ter vontade de vomitar.
O rock deles não é pesado, mas também não é indie rock; muitos classificam como rock alternativo, mas como eu sempre acho que em rock alternativo toda banda é igual, não encaixo eles lá. (Já que esse álbum é completamente único.)
Falemos de Four Kicks. Primeiro eu devo admitir que eu não entendo o que ele diz nessa música, mas eu acho o máximo como é impossível seguir o que ele canta, mesmo sabendo a letra. A voz do Caleb tem um tom que eu não consigo explicar, mas o acompanhamento que o Matt faz com a guitarra te deixa com vontade de pular e batucar no ar com as suas baquetas invisíveis.
Kings of the Rodeo é especial, foi a primeira música deles que eu ouvi e foi amor à primeira vista. Eu ouvia ela váaaaarias vezes seguidas, achava a letra o máximo e repetia "let the good times roll", mal dá pra perceber que o ritmo é quase o mesmo a música toda.
Taper Jean Girl você percebe quando vê Paranóia. Na verdade eu tenho a impressão que essa é a música que se encaixa em QUALQUER filme; Sim, até naquela cena de O Iluminado.
Day Old Blues é outra que eu custei entender o que eles falam, mas quando saquei que era "Day old day old" me senti um gênio, cantava isso quase que o tempo todo. A música é toda melancólica e depressiva e te faz querer parar de ouvir, até ele começar a cantar a TAL parte do Day Old Day Old, e fica um bom tempo falando só isso; haha, mas descrição à parte a música tem aquelas parte que são super diferentes do estilo deprê que deixam ela tão boa, e encaixa perfeitamente com o repertório, que é quase todo de músicas mais animadas.

Daê que esse cd é extramamente recomendável, e, a não ser que você não conheça as músicas anteriores, você até pode baixar Only By the Night, de 2008. É um cd bom, não digo que é descartável, mas o estilo música gay pra remixar e tocar em todo lugar não cola em onze faixas, então não é aconselhável para o ouvir o dia todo, porque cansa.
Come Around Sundown, que saiu mês passado, bom... Eu não vou me pronunciar porque eu ouvi no máximo meia dúzia de músicas, todavia estou completamente desgostosa com eles, então fingirei que esse álbum não existe, mas o que é a opnião de uma reles fã quando se têm críticos que acham lindos a cara de moços ricos e chatinhos que eles exibem? Enquanto eu ouço Knocked Up (Because of the times) me despeço de vocês com um adeus frio e uma dica de banda que só consegue tirar o ** da reta até 2007, e rezo para que o ego deles caia na real, porque aqui se vai mais uma tiete.

sábado, 30 de outubro de 2010

99 Songs of Revolution - 2010



Que Streetlight Manifesto é uma banda foda, ninguém tem dúvida, né? Talvez não. Hoje em dia é difícil achar alguém que goste de Ska, já que este tem tantas influências de blues (e o ápice da "cultura musical" atual é pop). Mas o que acontece quando um grupo mal conhecido resolve gravar uma coletânea de músicas intituladas 99 Songs of Revolution ?
Então, na realidade esse álbum era pra ser da banda Bandits of the Acoustic Revolution (que é uma banda composta por membros do Streetlight, incluindo Tomas Kalnoky), mas ai o projeto caiu na internet e a idéia foi a seguinte: O Streetlight Manifesto possui pelo menos umas três bandas relacionadas com membros do SM (como o Thomas, Jamie Egan e Chris Green) que é o Catch 22, o BOTAR e o Gimp. A questão é, de todas essas bandas que o TohKay formou (pseudônimo usado para gravar músicas solo) nenhuma delas realmente foi pra frente. Ai eles entraram num acordo que seria, basicamente, cada uma dessas quatro bandas gravaria 2 cds nomeados 99 Songs of Revolution, e ficaria por isso mesmo se não fosse o fato de que TODAS as 99 músicas serem covers.
O primeiro cd de toda a coletânea foi lançada pelo Streetlight Manifesto e possui onze faixas, dentre as quais eu só consegui descartar uma. É preciso realçar que, por ser uma banda de Ska, as versões ficaram deveras diferente e pra quem não conhece as versões originais até faz soar melhor. (Mas eu aconselho a procurar as músicas verdadeiras, são tão boas quanto.)
A primeira faixa(birds flying away) é de um cara chamado Mason Jennings, e procurando a versão original descobri que o TohKay fez um bom trabalho ao regravá-la. Primeiro porque a voz do tal Mason é horrível, rouca e sem melodia. Todavia o arranjo dela é muito bom, e devo admitir que o cara toca bem.
Depois vem uma música do Squirrel Nut Zippers, que é uma banda mais jazz. A versão verdadeira é muito boa, mas o cover de Hell é muito melhor; É mais animada, faz o gênero de Streetlight mesmo.

Just é uma versão especial. Foi bem ousado da parte deles fazer um cover de Radiohead, mas foi um estouro quando saiu. O estranho é que nas partes em que devia ser a guitarra do Jonny Greenwood, substituiriam por saxofones e deu um efeito de "distorção", parecendo que eles não tinham ritmo, mas pra quem aprecia Radiohead sabe que o thom yorke não se ofenderia em saber que seu xará resolveu homenageá-lo. O problema com essa música foi a crítica que fizeram às habilidades de TohKay como guitarrista, mas não acho que isso seja um problema, se pesarmos a voz brilhante e o timbre e a paixão que ele põe.
Skyscraper, do Bad Religion quase não mudou nada, exatamente como Linoleum, do NOFX. Tudo bem que as duas bandas tem um rock mais pesado, ambas de hard rock, mas isso não impediu que a voz de Fat Mike ficasse tão parecida com a de Kalnoky. Bad Religion fez dessa música algo mais melódico, por isso a escolha foi em cheio e combinou perfeitamente, tornando Skyscraper uma das melhores músicas regravadas pelo SM.
Me and Julio Down by the Schoolyard é uma música que não chamou a minha atenção, nenhuma das duas versões. Achei uma música repetitiva, com a melodia cansativa, apesar de todos os arranjos musicais e por mim trocaria por uma versão de Gnarls Barkley que combina mais com o clima do cd. (Claro que eu prefiro Led, maaaaaas =P)

They Provide the Paint for the Picture-Perfect Masterpiece That You Will Paint on the Insides of Your Eyelids (repita o nome cinco vezes sem respirar) quase não mudou muito, até porque é praticamente da mesma banda, acho que ela ficou menos acústica (até porque ela era do BOTAR, não faz sentido ter mais violão que a original). Todavia, ela ficou mais rápida, o que fez uma certa diferença, porque as letras do Streetlight & Cia são extremamente longas, haja fôlego. Tirando isso, a música continua incrível.
As versões originais de Red Rubber Ball e The Troubadour (The Cyrkle e Louis Jordan respectivamente) são, exatamente como quase todas as outras citadas, boas. Mas como eu (e todo mundo que ouviu esse álbum) conheceu elas na versão do SM, certamente vamos dizer que a versão deles é melhor. No caso de Red Rubber Ball, a letra é divertida, tem um tema de deprezo quando ele diz "no, you are not the only starfish in the sea" o que a deixa mais divertida porque o vocal do The Cyrkle canta ela com uma paz tão grande, que parece que ele realmente não tá nem ai pra quem ele esteja cantando. ( e essa é uma que eu aconselho a ouvir a original)
Por fim vem The Postal Service, que eu também admiro igualmente. Such Great Heights é um dos casos especiais em que não tem como dizer que a versão original é melhor; Como algumas citadas, a regravação não apresentou muita diferença no ritmo. Mas o arranjo e o vocal da primeira (Ben Gibbard, Death Cab for Cutie) faz MUITA diferença. A voz dele é tranquila, enquanto a do Thomas é mais agitada e apressada. (novamente, ouçam a versão do The Postal Service, altamente recomendada).


Resumidamente, o álbum é muito bom, e mostrou, mais uma vez, a qualidade musical dos caras do Streetlight Manifesto, que certamente será repetida nos próximos 7 álbum que tem pra vir. Claro, todos preferimos uma música nova ou outra, até porque o último álbum do SM é de 2007 e eu já quero mais músicas deles como trava língua pra eu aprender a cantar rápido e sair mostrando pra todo mundo, exatamente como você faz quando aprende a cantar Faroeste Caboclo (que eu só sei o primeiro verso, por sinal).
Posso dizer o mesmo do Catch 22, mas não do BOTAR ou do Gimp, que, mesmo sendo bandas muito boas acabaram sendo deixadas de lado. Catch 22 possui um histórico de cinco álbuns de estúdio desde 1998, gravando o seu último em 2006, e um ano depois, dando lugar ao Somewhere in the Between, do SM.