sábado, 30 de outubro de 2010

99 Songs of Revolution - 2010



Que Streetlight Manifesto é uma banda foda, ninguém tem dúvida, né? Talvez não. Hoje em dia é difícil achar alguém que goste de Ska, já que este tem tantas influências de blues (e o ápice da "cultura musical" atual é pop). Mas o que acontece quando um grupo mal conhecido resolve gravar uma coletânea de músicas intituladas 99 Songs of Revolution ?
Então, na realidade esse álbum era pra ser da banda Bandits of the Acoustic Revolution (que é uma banda composta por membros do Streetlight, incluindo Tomas Kalnoky), mas ai o projeto caiu na internet e a idéia foi a seguinte: O Streetlight Manifesto possui pelo menos umas três bandas relacionadas com membros do SM (como o Thomas, Jamie Egan e Chris Green) que é o Catch 22, o BOTAR e o Gimp. A questão é, de todas essas bandas que o TohKay formou (pseudônimo usado para gravar músicas solo) nenhuma delas realmente foi pra frente. Ai eles entraram num acordo que seria, basicamente, cada uma dessas quatro bandas gravaria 2 cds nomeados 99 Songs of Revolution, e ficaria por isso mesmo se não fosse o fato de que TODAS as 99 músicas serem covers.
O primeiro cd de toda a coletânea foi lançada pelo Streetlight Manifesto e possui onze faixas, dentre as quais eu só consegui descartar uma. É preciso realçar que, por ser uma banda de Ska, as versões ficaram deveras diferente e pra quem não conhece as versões originais até faz soar melhor. (Mas eu aconselho a procurar as músicas verdadeiras, são tão boas quanto.)
A primeira faixa(birds flying away) é de um cara chamado Mason Jennings, e procurando a versão original descobri que o TohKay fez um bom trabalho ao regravá-la. Primeiro porque a voz do tal Mason é horrível, rouca e sem melodia. Todavia o arranjo dela é muito bom, e devo admitir que o cara toca bem.
Depois vem uma música do Squirrel Nut Zippers, que é uma banda mais jazz. A versão verdadeira é muito boa, mas o cover de Hell é muito melhor; É mais animada, faz o gênero de Streetlight mesmo.

Just é uma versão especial. Foi bem ousado da parte deles fazer um cover de Radiohead, mas foi um estouro quando saiu. O estranho é que nas partes em que devia ser a guitarra do Jonny Greenwood, substituiriam por saxofones e deu um efeito de "distorção", parecendo que eles não tinham ritmo, mas pra quem aprecia Radiohead sabe que o thom yorke não se ofenderia em saber que seu xará resolveu homenageá-lo. O problema com essa música foi a crítica que fizeram às habilidades de TohKay como guitarrista, mas não acho que isso seja um problema, se pesarmos a voz brilhante e o timbre e a paixão que ele põe.
Skyscraper, do Bad Religion quase não mudou nada, exatamente como Linoleum, do NOFX. Tudo bem que as duas bandas tem um rock mais pesado, ambas de hard rock, mas isso não impediu que a voz de Fat Mike ficasse tão parecida com a de Kalnoky. Bad Religion fez dessa música algo mais melódico, por isso a escolha foi em cheio e combinou perfeitamente, tornando Skyscraper uma das melhores músicas regravadas pelo SM.
Me and Julio Down by the Schoolyard é uma música que não chamou a minha atenção, nenhuma das duas versões. Achei uma música repetitiva, com a melodia cansativa, apesar de todos os arranjos musicais e por mim trocaria por uma versão de Gnarls Barkley que combina mais com o clima do cd. (Claro que eu prefiro Led, maaaaaas =P)

They Provide the Paint for the Picture-Perfect Masterpiece That You Will Paint on the Insides of Your Eyelids (repita o nome cinco vezes sem respirar) quase não mudou muito, até porque é praticamente da mesma banda, acho que ela ficou menos acústica (até porque ela era do BOTAR, não faz sentido ter mais violão que a original). Todavia, ela ficou mais rápida, o que fez uma certa diferença, porque as letras do Streetlight & Cia são extremamente longas, haja fôlego. Tirando isso, a música continua incrível.
As versões originais de Red Rubber Ball e The Troubadour (The Cyrkle e Louis Jordan respectivamente) são, exatamente como quase todas as outras citadas, boas. Mas como eu (e todo mundo que ouviu esse álbum) conheceu elas na versão do SM, certamente vamos dizer que a versão deles é melhor. No caso de Red Rubber Ball, a letra é divertida, tem um tema de deprezo quando ele diz "no, you are not the only starfish in the sea" o que a deixa mais divertida porque o vocal do The Cyrkle canta ela com uma paz tão grande, que parece que ele realmente não tá nem ai pra quem ele esteja cantando. ( e essa é uma que eu aconselho a ouvir a original)
Por fim vem The Postal Service, que eu também admiro igualmente. Such Great Heights é um dos casos especiais em que não tem como dizer que a versão original é melhor; Como algumas citadas, a regravação não apresentou muita diferença no ritmo. Mas o arranjo e o vocal da primeira (Ben Gibbard, Death Cab for Cutie) faz MUITA diferença. A voz dele é tranquila, enquanto a do Thomas é mais agitada e apressada. (novamente, ouçam a versão do The Postal Service, altamente recomendada).


Resumidamente, o álbum é muito bom, e mostrou, mais uma vez, a qualidade musical dos caras do Streetlight Manifesto, que certamente será repetida nos próximos 7 álbum que tem pra vir. Claro, todos preferimos uma música nova ou outra, até porque o último álbum do SM é de 2007 e eu já quero mais músicas deles como trava língua pra eu aprender a cantar rápido e sair mostrando pra todo mundo, exatamente como você faz quando aprende a cantar Faroeste Caboclo (que eu só sei o primeiro verso, por sinal).
Posso dizer o mesmo do Catch 22, mas não do BOTAR ou do Gimp, que, mesmo sendo bandas muito boas acabaram sendo deixadas de lado. Catch 22 possui um histórico de cinco álbuns de estúdio desde 1998, gravando o seu último em 2006, e um ano depois, dando lugar ao Somewhere in the Between, do SM.





sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Such a Perfect Day For a Post !!

É incrível a habilidade de pessoas felizes se viciarem tanto em alguma coisa, geralmente por um curto tempo, mas acaba que se tornam um saco por isso; ou não; vai saber; mas isso não vem ao caso, a questão é que, a co-fundadora do blog, que nunca posta nada (por esquecimento, preguiça, falta de tempo, essas coisas) resolveu fazer seu segundo post \O/
Aeeeee!! Salva de palmas pra mim, que resolvi cansar a beleza de todos que lêem esse blog, ou seja, quase ninguém (pra não falar ninguém, sei la, você está lendo) com um pedaço tosco (de tosco digo no sentido literal, que quase ninguém sabe qual é, pois é, vá atrás do seu dicionário, procure e se delicie com mais um acréscimo ao seu vocabulário limitado (não era essa a palavra exata que eu procurava, mas tudo bem)) e inútil como esse.

Bom, vamos ao que interessa{ou não?}

A escolha do dia, não é nada mais, nada menos que Lou Reed (coraçãzinho s2s2 (ok, pode me matar depois dessa)).

Falemos de Transformer (não!!! Esse daí é o transformeRs, e não tem nada, eu digo, nada de semelhante com isso) Lou Reed (óóóó!!)- 1972 (droga vai dar 1 ç.ç)



Segundo álbum de estúdio da carreira do músico, que a meu ver é bem melhor sem (John Cale ou Nico). Considerado por muitos o melhor álbum solo do cantor norte americano, um dos precursores da música alternativa, e influência para grandes nomes como Iggy Pop (ô coisinha linda!!), New York Dolls (Também eram umas beldades), e o próprio David Bowie que fez sua participação especial na produção do álbum do dia.
Oito(as inusitadas) de suas treze músicas foram escritas durante sua “estada” como membro do Velvet Underground, mas mesmo assim, possui sua parcela VU, Andy’s Chest, Satellite of Love e New York Telephone Conversation (uma das mais divertidas, sabe, aqueles ritmozinhos felizes que te faz balançar de um lado para o outro feito um retardado?).

Bom, o álbum contou com David Bowie (oh realy!!!???) e Mick Ronson (segundo a Rolling Stones o 64º melhor guitarrista, ainda tem que melhorar um bocado para alcançar Jimmy Hendrix, mas ainda não concordo com a lista, afinal, pra mim Kurt Cobain não tocava nada, ele destruía tudo, isso sim, e tava la em cima, Lithium que não venha repudiar) como produtores, guitarrista, pianista backing vocals e outras coisinhas felizes. Entre as músicas “novas”, a mais destacável seria Walk On The Wild Side, um dos sucessos, que junto com o já comentado Satellite of Love e Perfect Day, fizeram a fama internacional do cantor e compositor. Dentre as demais e não menos cool, temos também Wagon Wheel, que gerou rumores que não procederam, de ter sido composta por Bowie (ah, qual é, o cara é foda o suficiente para não pegar uma música escondida), não podemos esquecer de Vicious, com seus riffizinhos (isso soa tão pejorativo) poderosos e um tanto semelhantes ao de Sweet Jane (procure o quanto quiser, não encontrará nesse álbum ^^”), Hangin’Round que me conquistou com seu ritmo e sua caracterização de diferentes como Walk On The Wild Side, que a titulo de curiosidade, se trata eu um nano biografia resumida da vida de quatro travestis, de alguma fama, mas que obviamente, nós, seres alienados do Brasil nunca ouvimos falar (é... eu sei, ofensivo, mas fazer o que, estou beeeeeeeem longe de ser patriota, e meu desejo de sair dessa joça só aumenta (eu sei que não to aqui pra falar de mim)).

I’mmmmm so Freeeee!!

Bom, e com a melíflua (Big Bang é cultura) voz do Reed em Make up, me despeço de vossas senhorias (se é que alguém leu até o fim)


Goodnigth Ladies (and gentleman)

Everyone knows anything goes



Red Hot Chili Peppers - By The Way (2002)Véspera de feriado e fim de ano me fazem lembrar desse blog, pois é, peço eternas desculpas por tê-lo abandonado tantas vezes, mas acaba que fazer resenha é mais complicado do que a gente pensava, né? Também não vou ficar aqui prometendo o impossível, mas posso dizer que de vez em quando eu venho aqui agraciá-los com as minhas maravilhosas dicas (ha ha.) (Nota para a parcela ínfima de leitores escassos e gringos inusitados que surgem ali no mapinha de visitantes no canto do blog)

Ora, o BTW é o oitavo álbum de estúdio da banda e, na primeira semana do lançamento, vendeu só 282,000 cópias. Teve gente e crítico que desceu a lenha porque o cd era mais melódico, diferente, por exemplo, de Blood Sugar Sex Magic e One Hot Minute. Tudo bem, vamos aceitar que aeroplane, coffee shop e one big mob são realmente boas, apesar de "incrível" presença do Dave Navarro na banda. Eu levaria pedradas se eu disser que ele não tocava nada, mas tendo o John fazendo praticamente todo o trabalho ao escrever as linhas de baixo e guitarra, é óbvio que a direção da banda iria mudar, ora ou outra. Tudo bem que esse não era seu álbum de estréia, mas ele meio que "saiu da casca", principalmente com seus back vocals delícia haha. O próprio John declarou "writing By the Way was one of the happiest times in my life." Ou seja, aceitem que o álbum é bom ao extremo.

Não preciso dizer que a versão ao vivo das músicas dele também são incríveis, né? Dica, procurem o vídeo de Can't Stop em Slane Castle, provavelmente a melhor apresentação deles.
Mas paremos de divagar sobre o quão incrível o John é, e o quão triste estou sem a presença dele no vindouro cd do RHCP.

As músicas foram quase todas (se não todas) escritas pelo Anthony, e ele se esforçou para colocar mais sentimento e sentido nas letras, então quem ouve By The Way não vê sentido algum, todavia a guitarra do John e o baixo do Flea (que sobressaem a bateria do Chad, que apesar de imperceptível, faz um contraste de peso).
No hanking das músicas "gays" tem Dosed, Don't Forget Me e I Could die for You (que eu chorei ouvindo quando eu tinha só 8 anos, pois é.) Mas vamo combinar, com o Anthony cantando
"I could die for you.
Oh this life I choose." pra você, quem não chora? Me deixa iludida, achando que ele morreria POR MIM. haha.
Ai no meio disso tudo tem Midnight (que é o título do post, aliás), que não faz o menor sentido e que não combina nada com o álbum, mas que é boa do mesmo tanto, tem aquele estilo mais calminho, não chega perto de Road Trippin, é mais agitada que Porcelain, mas a letra é menos depressiva.
Daê depois de tanta música calma-pra-ouvir-na-estrada você se depara com Trow Away your Television, que foi considerada por muitos a melhor música ao vivo deles (Slane Castle, as always). É só ver como baixa echu no John quando ele toca.


Cabron, pra mim, é imparcial. Não sei se posso chamar aquilo de riff, meu conhecimento "guitarrístico" é mínimo, mas posso dizer que se é um riff, é bom; Mas só. Acho o resto da música um tanto okay.
Não obstante, posso classificar Tear na mesma categoria, e por mais que o refrão tenha uma melodia bonita, acho ela meio canseira, não sei se ela entraria na categoria música-calma-pra-ouvir-na-estrada. (Mas venhamos e convenhamos que os solos do John perdidos na música sempre deixam elas melhores.)
Mas voltemos à Can't Stop. Gente, QUE MÚSICA É ESSA? Quando o John morrer ele vai pro céu, certeza. No Slane Castle o back vocal dele quase me faz ter um AVC, e ele tocando... Ele tudo. E o Flea lindo e pirando igualmente. A versão de estúdio é igualmente incrível, e eu tenho uma paixão excepcional pelo clipe.


Agora, divaguemos por Venice Queen, aliás, sem divagar, apenar vejam e entendam.


Acho que eu não consegui expressar em palavras a grandeza dessa banda. Mesmo com todos os altos e baixos, os problemas constantes (que no passado eram mais acentuados) com drogas, com membros bizarros (leia-se Navarro) e com a saída de outros tão importantes, acho que a gente não pode e nunca vai descartar a idéia de que RHCP fez parte da vida de muitas gerações, desde o Freaky Styley até o Stadium Arcadium. Ainda é possível creditar alguma chance ao novíssimo membro Josh Klinghoffer ? Díficil, mas não impossível; E não me venha falar de Nirvana (okey senhor @Lithium ?), que eu não estou nem aí pra uma banda onde o vocal acha legal sair por ai se matando (?). Grunge é o caral**, por que bom mesmo é uma banda que existe há 30 anos e consegue a proeza de não perder a qualidade musical. Rezemos também para que o John pense mais nos fãs egoístas dele e volte para o Red Hot, certo? Certo!
Amém!